Pela força do Caráter se conhece o Guerreiro.

Entrevista com Itamar Rosa

04/09/2011 18:04

O gaúcho Itamar Rosa está de volta ao MMA. Faixa preta do mestre Ricardo Murgel, Itamar teve passagem pelo extinto Meca, em 2005, chegou a conquistar dois nocautes internacionais no evento africano UFA, um deles na disputa do cinturão dos médios, sobre o ex-campeão do Cage Rage Xavier Foupa-Pokam.

E agora, depois de cinco anos longe dos ringues, ele quer recuperar o tempo perdido e provar para si que tem condições de deixar seu nome marcado entre os melhores pesos médios da atualidade. Em sua volta, em fevereiro deste ano, Itamar chegou às semifinais do GP até 84 kg do MFC 4, em Tramandaí (RS), finalizando Maninho Guerreiro com um rápido armlock e perdendo na polêmica decisão dividida para Jonas Boeno, depois de três rounds de pura trocação.

Convidado para fazer a luta principal do MFC 5, em Cruz Alta (RS), o representante da Union nocauteou em 26 segundos e se emocionou após a vitória. "Essa vitória elevou minha autoestima. Trouxe muita esperança e positivismo para a consolidação da minha carreira, da minha volta definitiva aos grandes desafios", destacou.

Abaixo você confere uma entrevista com o atleta, que conta toda a sua trajetória, explica por que ficou afastado do MMA e comenta a alegria de voltar a fazer o que mais gosta. Ao final o vídeo do nocaute.

Como está sendo a sua volta ao MMA?
Está sendo muito boa. Apesar de não ter vencido o GP até 84 kg no MFC 4, realizado em fevereiro, em Tramandaí (RS), tem sido muito positiva. A evolução nos treinos e nas lutas está sendo visível.

Conte-nos por que você se afastou dos ringues?
Lutei pela última vez no Meca 12, em 2005. Após esse combate tive vários problemas financeiros e pessoais, que me impediram de treinar. Acabei ficando cinco anos longe dos ringues, treinando muito devagar, sem condições alguma de competir.

Você conquistou o cinturão do UFA (áfrica do Sul), em 2005, ao nocautear o experiente Xavier “Professor X” Foupa-Pokam. Como foi essa luta?
Essa vitória foi a mais importante da minha carreira. Lutei contra um oponente muito duro. Trocamos muito durante o primeiro round. Bem, sinceramente não lembro dos detalhes, só me recordo que foi uma luta muito agressiva entre dois strikers.

O que motivou você voltar a lutar?
Minha maior motivação foi por ter saído dos ringues precocemente, e passar cinco anos sabendo que poderia ter ido muito mais longe. Hoje, quero testar os meus limites e chegar o mais longe possível, e principalmente abrir as portas para minha equipe, a Union, onde tem uma nova geração muito boa vindo aí.

Você é faixa preta de Jiu-Jitsu do mestre Ricardo Murgel, mas gosta de trocar. De qual área você vem?
Antes de conhecer o Muay Thai já treinava Jiu-Jitsu há três anos. Quando comecei no Mauy Thai foi amor à primeira vista, acabei me habituando muito rápido, tanto que com quatro meses ganhei meu primeiro campeonato.

Como é retornar e já fazer uma luta principal, que foi no MFC 5, em Cruz Alta (RS)?
Ah... é muito bom! O ego vai lá em cima. é muito gratificante saber que existem pessoas que acreditam no meu trabalho, ainda. Isso me dá muita força. 

Nesse combate você nocauteou o striker Luis Lagarto em apenas 26 segundos? Comente o combate. 
Foi muito ‘rápida’ (risos). O lagarto é um cara que gosta de ir para a trocação franca e eu também. No início ele me acertou um cruzado, mas assimilei bem e caí para dentro. Tive a felicidade de acertar um bom chute e um jab direto, que entraram em cheio. Quando percebi, ele tentou por pra baixo, escapei da queda e nocauteei com marretadas.

Você esperava que seria tão rápida?
Não! Pensava que seria muito mais difícil e demorada.

Conhecia o jogo do Lagarto?
Sim. Vi ele lutar no Machine Fight GP e estudei alguns vídeos. Fiquei por dentro do jogo dele.

Como foi a recepção do público cruzaltense?
Foi boa. Eles ficaram meio tristes com a derrota do Lagarto, mas foi tranquilo.

Descreva o seu sentimento no momento do nocaute?
Foi de felicidade, de dever cumprido. Esperei, acreditei durante cinco anos que eu poderia vestir um par de luvas novamente e fazer o que mais amo, lutar.

Quais os seus planos no MMA de agora em diante?
Ser destaque na minha categoria de peso, começar a lutar no exterior novamente e abrir portas para a nova geração da equipe Union.

Para os promotores e empresários saberem, qual a sua categoria, sua altura e a sua idade?
Peso 84 kg, 1,80 m e 31 anos de idade.

Como está a sua rotina de treinos em Porto Alegre, na Union Team?
Treino em média quatro horas por dia, sempre na parte da noite, o que não é muito bom, pois nesse turno já estou um pouco cansado por causa do trabalho. Preciso muito de patrocínio, se eu tiver apoio posso melhorar a minha preparação. E também desejo dar aulas em projetos sociais.

Você conta com um bom material humano e uma boa estrutura na Union?
Sim. Tenho ótimos colegas de equipe para treinar, e treinar duro. A nova estrutura da Union hoje é uma das melhores do Rio Grande do Sul.

Deixe um recado.
Gostaria de agradecer a todos que acreditam em mim, no meu potencial como lutador profissional. Agradecer a toda família Union, principalemnte ao professor Guilherme Freitas e ao mestre Ricardo Murgel. Gostaria de destacar mais uma vez que preciso de patrocínio, e finalizar mandando um recado para todos os pesos médios: ‘Itamar Rosa está de volta’. Prometo ‘incomodar’ muita gente nessa categoria, preciso apenas de oportunidades. 

 

 

Fonte: MMA Sul

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